Neste mundo relativista em que nós vivemos, se o cristão não for sábio, prudente e bem formado na fé ele poderá vir a ser um alvo fácil para os ventos das falsas doutrinas que aparecem como a única atitude à altura dos tempos modernos. Se o cristão não cultivar o nobre esforço de se aprofundar nas verdades da fé, ele corre o sério risco de, mesmo sem o perceber, aceitar as tendências relativistas, passando a viver a ilusão de encontrar no relativismo moral a solução para uma convivência pacífica e assim, aos poucos, ele irá mergulhar na negação dos valores do ser humano, no abandono da Verdade e no desprezo das coisas de Deus.
Para fazer contraponto a tudo isso, o fiel cristão não pode permanecer uma criança na fé, em estado de acomodação em relação aos conhecimentos adquiridos sobre as verdades eternas, limitando-se a uma catequese inicial e nada mais. Em que consiste sermos crianças na fé? Consiste, exatamente, em se deixar levar pelos erros doutrinais em função de não conhecer, em profundidade, as verdades reveladas, a Sagrada Escritura, o Catecismo da Igreja Católica e tudo aquilo que se refere à Pessoa de Jesus Cristo. Por outro lado, adulta é uma fé profundamente alicerçada na amizade com Cristo mediante a oração e a participação nos Sacramentos.
Nesses dias que antecedem o Ano da Fé, nós somos chamados a crescer na fé e na santidade, priorizando o estudo do Catecismo e dos diversos Documentos do Concílio Vaticano II. Somos chamados também a professar uma fé mais adulta por meio da redescoberta e do estudo dos conteúdos essenciais da fé. Se soubermos reservar, diariamente, tempos e momentos para a nossa vivência individual e comunitária da fé, nós iremos incrementar o nosso testemunho da caridade, nosso serviço missionário e nossa pertença ao Senhor. Deste modo, estaremos mais capacitados para apresentar ao mundo e ao nosso próximo “as razões da nossa fé” (1 Pe 3,15), combatendo sempre o relativismo que empobrece o ser humano. Contamos nessa empreitada com a ajuda materna da Virgem Santa Maria, a Mãe da Fé, a quem nós confiamos este Ano da Fé, tempo feliz do aprendizado, do testemunho e da expansão da fé cristã sob a divina inspiração e moção do Espírito Santo de Deus.
Por Aloísio Parreiras
(Movimento de Emaús de Brasília)
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