Neste dia 11 de outubro de 2012, o Santo Padre, o Papa Bento XVI, presidirá a Celebração Eucarística que marca o início do Ano da Fé, em comemoração aos 50º anos da Abertura do Concílio Vaticano II e 20 anos da elaboração do Catecismo da Igreja Católica.
Três bispos brasileiros estarão concelebrando com o Papa nesta celebração. São eles: Dom Serafim Fernandes de Araújo, Cardeal arcebispo emérito de Belo Horizonte - MG; Dom José Mauro Ramalho de Alarcón Santiago, Bispo emérito de Iguatu - CE; e Dom Raymundo Damasceno Assis, Cardeal Arcebispo de Aparecida, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.
Vale ressaltar que Dom Serafim e Dom José Mauro foram padres conciliares, ou seja, participaram do Concílio em 1962.
O Concílio Vaticano II foi proposto pelo Papa João XXIII, que morreu em junho de 1963, e durou 4 anos, sendo encerrado pelo Papa Paulo VI. No discurso de Abertura, o saudoso Papa afirmou que o Concílio era fruto de inspiração divina, que era hora de a Igreja se renovar, se aproximar do mundo de hoje e se colocar a serviço da humanidade.
Somos convidados, hoje, 50 anos depois, a reencontrar os caminhos da esperança para a Igreja e a humanidade que foram traçados pelo Concílio. O desafio permanece: "como reencontrar motivos de alegria e de esperança, mesmo em meio aos novos problemas que a realidade hoje nos apresenta?".
Os documentos Conciliares:
Conheça mais sobre as Constituições Conciliares.
Segundo o Papa Bento XVI, “Os Documentos do Concílio contém uma riqueza enorme para a formação da nossa consciência”.
Segundo o Papa Bento XVI, “Os Documentos do Concílio contém uma riqueza enorme para a formação da nossa consciência”.
- Constituição sobre a Sagrada Liturgia: Sacrosanctum Concilium, 4 de dezembro de 1963 – Mostra como a liturgia é “o cume ao qual tenda a ação da Igreja, e ao mesmo tempo a fonte de onde mana a sua força" (n. 10). Fala sobre a participação ativa dos leigos, da música sagrada, dos sacramentos, da liturgia das Horas, do ano litúrgico e da reforma do calendário.
- Constituição Dogmática sobre a Igreja: Lumen Gentium, 21 de novembro de 1964 - envolve toda a Igreja na sua estrutura e na sua atividade. Lembra os laços entre a Igreja e os Cristãos não católicos, seus relacionamentos com os não-cristãos e afirma o caráter missionário do Povo de Deus. Apresenta os membros do Povo de Deus: a hieraquia religiosa - bispos, sacerdotes e diáconos - e os leigos.
- Constituição Dogmática sobre a Revelação: Dei Verbum, 18 de Novembro de 1965 - O texto estabeleceu que existem duas fontes da Revelação: a Santa Escritura e a Tradição da Igreja. a Constituição enfatiza o papel fundamental que deve ter as Escrituras em toda a vida da Igreja.
- Constituição sobre a Igreja no mundo do nosso tempo: Gaudium et Spes, 7 de Dezembro de 1965: dala sobre a vocação do homem e sobre alguns problemas mais urgentes. De todos os documentos aprovados, a Gaudet et Spes foi o único que não estava previsto nos esquemas preparatórios. Ele surgiu ao longo das discussões conciliares e pode ser considerado como “filho legítimo” do Vaticano II. Ela discute o papel que a Igreja quer desempenhar no mundo contemporâneo, a dignidade do matrimônio e da família, a promoção da cultura, da vida econômica e social, a vida da comunidade política, e por fim a paz e a promoção da comunidade das nações.
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Edição: Gislene Ribeiro
Foto: Abertura do Concílio Vaticano II - Wikipédia
Foto: Abertura do Concílio Vaticano II - Wikipédia
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